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Caso Davi Sebba

Delegado que assumiu caso Davi Sebba quer ouvir novamente PMs envolvidos

Inquérito ainda não foi concluído | 15.10.12 - 18:20 Delegado que assumiu caso Davi Sebba quer ouvir novamente PMs envolvidos (Foto: Álbum de Família)
Adriana Marinelli

Goiânia -
 Os três policiais militares envolvidos na ação que resultou na morte do advogado Davi Sebba, baleado no estacionamento do Carrefour Sudoeste, em Goiânia, em julho deste ano, serão ouvidos novamente. Foi o que garantiu, durante entrevista ao jornal A Redação na tarde desta segunda-feira (15/10), o delegado Murilo Polati Rechinelli, da Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH) de Goiânia, que assumiu o caso há três semanas. Antes dele, Paulo Roberto Tavares de Brito cuidava do caso, mas o delegado não faz mais parte da DIH.
 
De acordo com Murilo Polati, o inquérito ainda está na especializada, já que não está concluído. “Não adianta encaminhar ao Judiciário só para falar que mandou dentro do prazo, sabendo que vai voltar. O que eu quero é concluí-lo o mais rápido possível para encaminhá-lo sem faltar nada, mas até hoje o laudo da reconstituição, realizada há mais de 30 dias, não chegou para mim”, afirma. “O resultado da reconstituição será muito importante para identificar onde estão as contradições.”
 
“Ainda vamos ouvir outras pessoas, principalmente testemunhas oculares. Também está prevista a oitiva do capitão que teria mandado os três policiais para a ação que resultou na morte do Davi”, destaca. “Solicitamos algumas documentações ao Carrefour e também novas imagens de câmeras de segurança que possam ter registrado algum fato novo do dia do crime. Para auxiliar, também vamos analisar imagens de câmeras instaladas em estabelecimentos vizinhos”, acrescenta.
 
O delegado também afirma que um funcionário do hipermercado, responsável pelas imagens das câmeras de segurança, também será ouvido nos próximos dias. “Na verdade ele já deveria ter sido chamado para prestar depoimento, mas como isso não aconteceu, nós faremos isso.”
 
Outra medida anunciada pelo delegado é que será encaminhado um ofício à Polícia Federal solicitando os nomes dos policiais federais que supostamente investigavam o advogado Davi Sebba e passavam as informações para a Polícia Militar (PM) de Goiás. “Queremos saber quem são essas pessoas, já que não é comum essa ponte entre a PF e a PM em casos como esse.”
 
“A realidade é que estamos em busca de esclarecer o mais rápido possível o que aconteceu naquele dia. A arma foi plantada ou não? A droga foi plantada ou não? Tenho certeza que teremos essas respostas muito em breve”, garante o delegado Murilo Polati.
 
Reconstituição
A reprodução simulada do crime foi realizada quase dois meses após o fato, no dia 30 de agosto, e durou cerca de sete horas. Participaram da reconstituição policiais civis, peritos criminais e os advogados da família de Davi e do suspeito, soldado Jonathas Atenevir Jordão, que já assumiu a autoria do disparo que matou o advogado.
 
Entenda o caso
No dia em que virou pai do primeiro filho, o menino Gabriel, o advogado Davi Sebba morreu baleado após ser abordado por um policial militar. O crime aconteceu no estacionamento do hipermercado Carrefour Sudoeste, na avenida T-9, no setor Vila União, na noite do dia 5 de julho, em Goiânia.
 
Conforme a versão apresentada pela PM, Davi teria reagido à abordagem, quando foi baleado pelos agentes. A suspeita é de que haveria comercialização de drogas no local e que ele estaria sendo monitorado pelo Serviço de Inteligência da Polícia Federal. Familiares da vítima repudiaram a informação dos policiais, alegando que Davi foi ao supermercado comprar mantimentos para passar a noite na maternidade com o filho recém-nascido e a mulher.

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